sábado, 16 de abril de 2011

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– Atrasada? – perguntou perplexo. Ai você pensa: meu deus que homem exagerado, 8 minutos! Só oito minutos.
Mas vocês nem sabem oque eu fiz com ele quando se atrasou 2 minutos.
– É. Não sei o que me deu. Harry, vamos passar na floricultura.
– Flores para os vizinhos?
– Sim. – disse distraída, fiquei olhando pela janela, procurando.
O resto do caminho foi em silencio. Comprei um buquê de tulipas. Chegamos em casa, fui correndo e tomei um banho bem rápido. Não podia estragar os horários. Quando terminei de me vestir, o despertador tocou. Desci correndo para a cozinha e lá estava minha família: Mamãe e Teddy. Sendo que ele é meu Poodle.
Nunca conheci meu pai, e quando perguntava dele a minha mãe ela parecia saber menos que eu. Isso me deixa desconfiada, em que ela trabalhava antigamente?
– Oi, mãe. – disse me sentando. Era a única hora que eu via minha mãe por mais de 10min.
– Oi, filha. – trim trim trim o celular dela toca, isso indica que ela já vai. Mas eu tinha parado de me importar. Sempre me ocupava para esquecer. – Alô?... Sim, claro. Já estou indo. – ela olhou para mim enquanto desligava o celular. – vou te recompensar. Eu prometo.
– Mãe você me promete isso há dois meses. Mas vá, quem se importa? – senti pela sua expressão que ela estava magoada, mas não era só ela.
Ela apenas se virou e pegou sua bolsa indo em direção à porta, me virei para o prato, só tinha salada. Odeio salada. Cutuquei a folha verde e desisti de comer. Subi para o quarto, tomei dois comprimidos de emagrecer. Fiquei distraída olhando a casa nova pela janela. Até que percebo a hora.
Corri para o banheiro e tomei um banho rápido, prendi o cabelo num arrumado rabo de cavalo. Botei um vestido que batia um pouco acima do joelho. Eu não era muito bonita, meus cabelos eram loiros e escorridos, batiam um pouco abaixo dos ombros. Olhos castanho-escuros e pele muito pálida. Nariz redondinho e um sorriso de japonesa – olhinhos fechadinhos. Fica mais pra engraçado. Coloquei um pouco de blush nas bochechas e desci as escadas, peguei as flores que estavam em cima do balcão.
– Liza cadê o bolo? – ela se virou com o bolo num prato e me passou. – Obrigada. 

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